sábado, 27 de agosto de 2011

FRANCISCO , O IRMÃO SEMPRE ALEGRE

IMAGENS DA SEMANA
 
XXII SEMANA DO TEMPO COMUM
DOMINGO DIA 28 DE AGOSTO
I LEITURA JEREMIAS 20,7-9
SALMO 62
II LEITURA ROMANOS 12,1-2
EVANGELHO MATEUS 16,21-27
DOMINGO EM QUE A IGREJA CELEBRA OS VOCACIONADOS
AOS VÁRIOS MINISTÉRIOS E SERVIÇOS, COM ATENÇÃO ESPECIAL AOS
" CATEQUISTAS "

 UM FRAGMENTO DO LIVRO FRANCISCO  O IRMÃO SEMPRE ALEGRE

Frei Rufino, primo de Santa Clara, vivia em contemplação contínua. Era silencioso, breve no falar, gentil, quase tímido... Não levava jeito nem tinha coragem de pregar ao povo.
Um dia, Frei Francisco pediu-lhe que fosse a Assis e pregasse ao povo o que Deus lhe inspirasse. Frei Rufino, tremulo, respondeu: "Reverendo pai, peço-te que me perdoes e não me mandes lá, porque, como sabes, não tenho o dom de pregar e sou simples e idiota." Então, disse Frei Francisco:
"Por não teres obedecido prontamente, ordeno-te pela santa obediência que nu, como nasceste, somente de ceroulas, vás a Assis, entres numa igreja e assim nu pregues ao povo".
A esta ordem Frei Rufino se despede e vai a Assis. Entra numa Igreja, faz a reverência ao altar, sobe ao púlpito e começa a pregar.
Os que viram o fradezinho nestas condições começaram a rir e disseram: "Ora, aí está, fazem tanta penitência que se tornam malucos e fora de si".
Neste meio tempo, Francisco repensando a dura ordem dada a Frei Rufino, começou a repreender-se a si mesmo, dizendo:
"De onde te vem tanta presunção, filho de Pedro de Bernardone, vil homenzinho, para ordenares a Frei Rufino, que é dos melhores gentis-homens de Assis, que fosse nu pregar ao povo, como um louco? Por Deus, que  hás de experimentar em ti o que ordenastes ao outro".
E sem perder tempo, Francisco assumiu a mesma ordem que tinha dado ao confrade. Tirou o hábito e foi a Assis, levando consigo Frei Leão para carregar o hábito dele e o de Frei Rufino.
O povo boquiaberto, vendo também Francisco daquele jeito pouco comum, ria e debochava, julgando que ele e Frei Rufino tivessem endoidecido de vez pelo excesso de penitência.
Francisco entrou na mesma Igreja, subiu ao púlpito, pôs-se ao lado do confrade e pregou tão maravilhosamente sobre o desprezo do mundo, a pobreza voluntária, a penitência santa, o desejo do reino celeste e a nudez, e desprezo sofrido na Paixão por Nosso Senhor, que todos começaram a chorar copiosamente.
A pregação humilde e o fervor dos frades os comoveram tanto, que se dispuseram a começar uma vida nova.
Acabada a inspirada pregação, os dois frades vestiram os hábitos e retornaram "felizes da vida" ao convento da Porciúncula, cantando louvores ao Senhor que lhes havia dado a graça de se vencerem a si mesmos.
A cada dia, cresciam o carinho e o respeito do povo por esses "frades originais"...
 
do livro FRANCISCO, o irmão sempre alegre...




 

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