sábado, 15 de outubro de 2011

Popularidade do Padre Fabio de Melo





O padre é pop. E a popularidade surpreendeu no final da tarde de segunda-feira, 3. Em uma fila gigantesca, mais de 200 pessoas (senhoras, homens e crianças) queriam ver, abraçar e receber um autógrafo do padre cantor Fábio de Melo, que lançava o livro “Tempo de Esperas” (Editora Planeta) na “Livraria Cultura”, em São Paulo.

“Estou cansada. Cheguei aqui às 9h da manhã só para vê-lo”, desabafou a primeira mulher da fila, que aguardava há mais de 8h, segurando quatro livros. Outra senhora, que precisou de uma cadeira para aguentar “o tempo de espera”, se empolgou ao ver o padre. Ela agarrou, apertou e tentou beijá-lo, sendo retirada pela assessora de imprensa. Paciente, Fábio conversava, brincava e prestava atenção nas histórias levadas pelos fiéis.

Aos 40 anos, ele faz jus à fama que conquistou. Soma 14 CDs (que venderam mais de 2 milhões de cópias), dois DVDs, nove livros e apresenta o programa “Direção Espiritual” (TV Canção Nova). E está incomodando. Tanto que padre Marcelo, um dos primeiros a se popularizar pela música, o criticou, dizendo que não gostava de ver Fábio sem batina, fazendo piadas e cobrando cachê para os shows.

Em entrevista exclusiva ao “Yahoo!”, Fábio fala sobre o livro, felicidade, inveja e contou como é ser um padre popular.

Assim como na divulgação do livro “Tempo de Espera”, que diz “A Felicidade demora?”, a felicidade é um tema universal. Para você, o que é felicidade? 
Gosto de traduzir felicidade como realização humana. Eu acho que a realização humana, que é essa satisfação de ser quem a gente é, se estabelece quando fazemos de tudo para ser e estar no lugar certo. Acho que todo sofrimento é suportável quando nós sabemos que estamos passando por ele para construir um amanhã melhor; uma situação que a gente espera e que hoje a gente trabalha por ela.

E você se sente uma pessoa feliz?
Eu me sinto muito feliz, muito realizado e estou muito disposto a ser feliz todos os dias. Para isso, tenho as minhas lições, os meus trabalhos diários comigo mesmo, porque felicidade não é um milagre, é uma luta constante. É uma graça de Deus na nossa vida, mas todo ser humano deve se empenhar para ela acontecer.

Ser feliz e se declarar feliz não desencadeia um sentimento de inveja nas outras pessoas? Você sente isso?
O sentimento de inveja está presente em todos nós. É natural que a gente olhe para o quintal do vizinho e ache que o jardim dele é mais bonito. Só que também é uma ilusão, porque a gente não sabe a luta que aquele vizinho tem para manter o jardim daquele jeito. O segredo é a gente focar naquilo que Deus espera de nós e lutar para realizar isso.

O padre Marcelo fez inúmeras críticas ao seu trabalho. Entre elas, a que você cobra cachê para os shows, ao contrário dele. Chegou a ver essas declarações? 
Eu li o que ele falou, sim. Sobre o cachê, é importante dizer que quando trabalho como padre, celebro missas, não há cachê. Mas quando é um trabalho artístico – um show, por exemplo - existem dezenas de pessoas envolvidas, que precisam sustentar suas casas, e uma estrutura por trás, então é necessário. Gosto bastante do padre Marcelo, tenho um carinho muito grande por ele e o considero um grande comunicador.

Assim como ele, qual é a sensação de ser um padre pop? Você se considera um?
Eu sou uma pessoa conhecida e eu faço dessa popularidade o meu instrumento de trabalho. A partir do momento em que as pessoas me conhecem e estão dispostas a ouvir o que eu estou dizendo ou ler o que eu estou escrevendo, eu tenho uma responsabilidade muito grande. Para mim, popularidade é sinônimo de responsabilidade.

O que pode falar do livro “Tempo de Esperas”?
O livro “Tempo de Esperas” é uma troca de correspondência entre um professor de filosofia e um jovem estudante. Entre eles, surge uma situação interessante porque o professor decide abandonar tudo aquilo que o aluno espera alcançar na vida, que é o reconhecimento acadêmico e a oportunidade de ser um grande intelectual. E a partir desta questão, desdobram-se muitas outras questões humanas, que eles refletem por meio de cartas. É ficcional, mas o tempo todo esbarra nas questões humanas, que são próprias de todos nós.

Um comentário:

Anônimo disse...

Padre é um homem, só que quando ele se coloca a serviço de Deus, diz o seu sim seu comportamento deveria ser voltado a simplicidade Na busca em ajudar os necessitados, ao contrário os Padres de hoje famosos ou não vivem com suas agendas cheias de compromissos, compromissos esses que só são importantes para eles.
O Padre Marcelo é famoso, mas sua fama é para deixar registrado a sua passagem pela terra. O Santuário que ele esta quase terminando e que abrigará a nova Diocese de Santo Amaro, onde Dom Fernando ficará é feito com muito sacrifício, veja a aparência do Padre Marcelo, e veja a aparência do Padre Fabio de Melo que é vaidoso, faz academia, modelo seu corpo e atraem as mulheres, como aquela que quiz beijá-lo.
Caso não saibam foi o Padre Marcelo que começou a divulgar o Padre Fabio de Melo, só que o seu propósito foi diferente, até agora comprou um apartamento para ele e no mesmo prédio um para sua mãe. Não foi tirado do dinheiro da "Igreja" acho eu que dos seus shows, mas onde esta a sua profissão de Padre, pergunte quantas pessoas doentes, deprimidas, necessitadas muitas vezes de um pequeno conselho para tentar se sentir melhor.
Eles fazem tudo que é bom para eles.O Santuário Mãe de Deus foi feito com a devoção de todos os católicos, pois lá será sempre um grande encontro para rezarmos, meditarmos e buscar o crescimento de nossa fé.
Os Padres de hoje falam dos shoppings, das modernidades, dos gastos exagerados, da ganância de seguirem as moedas de Cesar, mas são com as moedas de Cesar que muitos fazem suas casa maravilhosas, sua moradias cheio de luxo, enquanto o seu fiel dizimista deixa todos os meses o seu dizímo.
Padre hoje tornou-se profissão, não é adoração a Deus...volto a lembrar façam o que eu mando mas não faça o que eu faço..tão fácil falar e tão difícil seguir.
revista ÉPOCA – Essa tendência de crescimento das outras igrejas se reflete em outros países tradicionalmente católicos. Ela é universal?
Boff - É um fenômeno mundial chamado imigração interna do cristianismo. Muitos cristãos da Europa que estudaram estão migrando de igreja. Não aceitam esse tipo de igreja. O cristianismo na Europa é agônico. A Alemanha, por exemplo, que tem o imposto religioso, o destina para a luta contra a aids. É outra visão. Tanto que a maior religião do mundo já é a mulçumana, que cresce muito na África. É simples. Não tem padre, nem bispo. Atrai muito mais as pessoas.
ÉPOCA – O papa já se mostrou não ser muito favorável aos líderes mais carismáticos, como Marcelo Rossi e Fábio de Melo. Isso não complica as coisas?
Boff - O Vaticano e os bispos não gostam de ter sombra ao lado deles. E Roma não gosta disso. Por isso quer enquadrá-los. Eles são modernos e mercadológicos. Por outro lado, não levam as pessoas a refletirem sobre os problemas do mundo. O padre Rossi nunca fala dos desempregados e da fome. Só convida a dançar. Ele louva as rosas, mas esquece o jardineiro que as rega.
OS PADRES FAZEM O QUE PRIMEIRO SERVE PARA O SEU CONFORTO E DEPOIS SE SOBRAR TEMPO E VERBA FAZEM UMA VISITA AOS CATÓLICOS DOENTES.ELES SÃO COMANDADOS PELO DINHEIRO..UM BOM CARRO...UMA BOA CASA....UM BOM TERNO....AMIZADE COM UMA FAMÍLIA RICA PARA PODER SERVI-LO DE FORMA ABUNDANTE.
ESSES SÃO NOSSOS PADRES, AQUELES QUE AINDA ACREDITAM NO CATOLICISMO, LUTAM...FECHAM OS OUVIDOS..PARA OUVIR A VOZ DE DEUS...E PROCURAM SEPARAR OS PADRES DE "PROFISSÃO" E NÃO DE CORAÇÃO...NÃO DO SIM QUE DISSERAM PARA DEUS QUE ESTARIAM SERVINDO SEMPRE...RICOS TEM BONS MÉDICOS..PODRES PRECISAM MUITAS VEZES DE UMA PALAVRA AMIGA...DE UM CONFORTO PARA SEU CORAÇÃO.

PADRES REVEJAM OS SEUS CONCEITOS..SEVIR A DEUS OU AO "DEBAIXO"...

MARGARETH VOCÊ BEM SABE DISSO, SUAS FOTOS SÃO DAQUELAS PESSOAS QUE VOCÊ CONHECE, QUE COMO MDISSE UM MPADRE EM SUA HOMILIA....TEMOS MGENTE DEMAIS MANDANDO NA IGREJA...E OS PADRES DEIXAM..PORQUE ELES PRECISAM DESSAS PESSOAS PARA CONSEGUIR AS COISAS.