Vendo uma reportagem do Japão depois de toda a tragédia, o comportamento dos nossos irmãos japoneses, o silêncio.
Tambem se deve muito a cultura do Oriente, nesta reportagem mostrava, situações de como tantas outras cidades, que sofreram catastrofes, no entanto, no abrigo que estão várias famílias, impera o silêncio, cada família no seu silêncio, as crianças, quietas, nem se moviam, e em outro lugar para pegar os alimentos cedidos acho que pela cruz vermelha, uma longa espera em uma fila interminável, silenciosamente esperam, e com uma resignação esperam pegam seus alimentos, sua água, numa embalagem tão bonita que até parece presente, fazem o costume deles abaixar a cabeça num cumprimento ,e ir embora, as ruas de Tóquio estão vazias, e o mais importante, como a mídia está chamando de homens suicidas aqueles que estão trabalhando nas usinas, dando a sua vida, para salvar a de muitas pessoas.
Tiro várias lições para minha vida sobre este episódio, como um raio de sol, a perguntar-me : o que te atormentas ?
Quem são esses homens, que voluntariamente, destituídos de tudo, se entregam a uma causa sublime, a salvação de muitas vidas.
Por quem vivem eles, por quem rezam eles, onde encontram eles a força até para sorrir, numa cidade que ficou compactada dentro de alguns abrigos. Por quem vivem essas pessoas ?
Interessante que os japoneses não tem o ar ausente, estão sempre dispostos a reconstruir a recomeçar
margareth//
margareth//
Antonie de Saint- Exupéry escreveu : Senhor, eu sei que a sabedoria não significa respostas, mas curar as vicisssitudes daqueles que se amam e se sentam no muro baixo com as pernas pendentes, diante da plantação de laranjas, ombro com ombro , sabendo bem que não receberam resposta às perguntas erguidas ontem. Mas conheço o amor e amar significa, não fazer pergunta alguma. Superando uma a uma todas as contradições, encaminho-me para o silêncio das indagações e, portanto para a beatitude. Ó palradores! suas, interrogações foram a grande ruína dos homens. É insensato esperar as resposta de Deus. Se ele nos acolhe, se ele nos cura, é apagando nossas perguntas com um roçar de suas mãos, como que afasta para longe a febre. Essa é a verdade.... e aquele que ama constatará que a extensão de água doce é mais vasta, do que a extensão dos mares, Já o havia intuído ao ouvir o murmúrio das fontes quando, sentado ao muro, as pernas pendentes, ele se sentava tão perto da amada, que não passava de um ser ofegante a respirar contra o seu peito.
Silêncio, porto do navio, Silêncio em Deus, porto de todos os navios.
A de Saint Exupéry.
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