quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Pai

Pai
Há algumas semanas estou murada em mim mesma
Talvez  seja o cansaço de final de ano
Talvez seja o acúmulo de preocupações
Mas gostaria de saber porque tudo isso me
Aperta o coração, por vezes me sinto caminhar
De mãos algemadas.
Diante de mim vejo a fragilidade de meu pai
Debilitado pelo Parkinson, penso no peso que ele carrega
Essa doença traz muita cansaço pra ele ,
e as pernas já não suportam
O peso do corpo.
Os males não escolhemos ,
não sabemos e
não compreendemos  a doença,
até convivermos com ela.
Hoje meu pai se encontra na vida assim 
com não mais e com muito menos,
e este menos arrasa  o positivo
Ele já não balbucia uma frase inteira, evita falar
Tenho um medo enorme  de vê-lo engasgar.
Quando se é jovem existe um ânimo uma vontade de existir
Porque as pessoas só vêem este aspecto juventude ?
Em vista disso gostaria de dizer !
O cristianismo não é uma ascese,  que sempre nos julga
 E que o homem sozinho não pode cumprí-lo
sem cair numa grande tristeza
Mas Deus nos quer como uma criança,
que se deixa guiar, para que seu Pai,
 vendo sua própria imagem naquele filho muito amado,
possa agir e nos libertar de nossas misérias.
Fazendo surgir do velho homem o homem novo.
Deus põe um olhar diferente  sobre nós ,
e descobre nossas riquezas,
inquieta nosso lado negativo,
centraliza os nosso limites.
Quando estamos com uma venda nos olhos para enxergar melhor.
Margareth//

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