“O caminho da cruz é um dos momentos fortes da Jornada Mundial da Juventude” disse o Papa que também recordou o gesto de João Paulo II que, no final do ano 2000, confiou aos jovens que levassem a cruz pelo mundo inteiro no movimento de evangelização que fazem em torno das jornadas mundiais.
“Ninguém pode tocar na cruz de Jesus sem deixar algo de si nela e sem trazer algo dela pela sua vida”. Em seguida, o Papa pediu que todos se deixassem tocar por 3 perguntas: O que vocês deixaram na cruz nesse tempo em que elas atravessou o país? O que ficou da cruz na vida de vocês? E qual é o sentido da cruz de Jesus para todos? Para iniciar a brevíssima meditação sobre essas 3 perguntas, lembrou do episódio contado pela Tradição da Igreja que mostra o apóstolo Pedro querendo deixando Roma, quando cai em si e reconhece que precisava enfrentar a cruz porque podia contar com Cristo.
“Com a cruz, jesus se une às famílias que se encontra em dificuldade e que choram a perda de seus filhos”, disse ao Papa pedindo que todos rezassem pelos jovens que morreram no incêndio da Boate Kiss, no início deste ano, que deixou 242 mortes em Santa Maria (RS).
O Papa lembrou que com a cruz, Jesus está junto de pais e mães que choram ao ver seus filhos perdidos em paraísos falsos como as drogas. Com a cruz, Jesus está junto a tantos jovens que se desiludem com a política, com a Igreja e com Deus por causa da incoerências de seus ministros. E recordou ainda que Jesus carrega as cruzes de todos sobre seus próprios ombros e dá ânimo a todos. Para responder à segunda pergunta, sobre o que a cruz de Cristo deixa em cada pessoa, o Papa disse que deixa a certeza do amor fiel de Deus por todos. Cristo que entra no pecado e perdoa, entra no sofrimento e alivia. E, lembrando a última pergunta disse que “na cruz de Cristo está todo o amor de Deus e sua imensa misericórdia”. E que só em Cristo morto e ressuscitado se encontra a salvação. Com Cristo, disse o Papa, o sofrimento e a morte não têm a última palavra. Cristo transformou a cruz num símbolo de amor, de vitória e de vida.
O Papa destacou que o primeiro nome de Brasil foi “Terra de Santa Cruz” e a cruz de Cristo não foi plantada somente na praia ha 5 séculos, mas no coração e na história do Brasil. “Não há cruz pequena ou grande que Cristo não nos ajuda a carregar”, afirmou. O Pontífice afirmou que a cruz convida a sair de si mesmo e estender a mão aos outros. E finalizou perguntando aos jovens qual seria o rosto daqueles personagens que seguiram Jesus no caminho da cruz. Perguntou aos jovens que pensassem se queriam ser como covarde Pilatos ou solidários como Maria e Cirineu. “Queridos jovens: levamos as nossas alegrias, os nossos sofrimentos, os nossos fracassos para a cruz de Cristo.”
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