sábado, 12 de novembro de 2011

Qual a função do dízimo na Comunidade ?

Dizimista,
você, é o grande presente de Deus
Em nossa Comunidade.


QUAL A FUNÇÃO DO DÍZIMO NA COMUNIDADE?
Escrito por DIÁCONO CLAUDINO
Sáb, 22 de Outubro de 2011 15:08

Qual a pergunta me leva a pensar muitas coisas a respeito dessa “modalidade” de pastoral. Certamente que eu estou um tanto espantado pelas tantas coisas – idéias, sistemas - que ouço e vejo acontecer no interior da maioria das comunidades. Falar de Dízimo parece que se tornou tão banal, ou muito comum que, de certa forma, me faz refletir à pergunta acima como se fosse natural. Como não temos muito espaço para refletir, aqui seguem apenas algumas idéias que podem ser suficientes. Por parte, vejamos:

1. Dízimo: experiência de Deus. Sem dúvidas que está aqui a chave de toda idéia motivadora dessa pastoral. É uma premissa que não deve ser questionável por argumento algum. Todos os demais questionamentos serão evasivos e sem sentido. É o que fecha, amarra e dá sentido ao ir-se ao Dízimo.

2. Dízimo: experiência de comunhão. Certamente que o contribuinte deve ter essa intenção. Caso contrário, seria uma colaboração a mais. A maioria das pessoas ainda não entendeu o Dízimo e, por isso, ele não vai bem na comunidade. Parece que anda atolado no lamaçal das interrogações.

3. Dízimo: experiência pastoral. O resultado do Dízimo deve ser fruto do trabalho que a comunidade desenvolve na paróquia. O documento de Aparecida refletindo a renovação da paróquia alerta: “O Conselho de Assuntos Econômicos junto a toda a comunidade paroquial, trabalhará para obter os recursos necessários, de maneira que a missão avance e se faça realidade em todos os ambientes” (DA, 209).

4. Dízimo: experiência de organização. Aqui começam a aparecer as primeiras dificuldades. Sem organização não podemos ir muito longe. A organização traz benefícios para o crescimento da comunidade. Ela equilibra as forças motivadoras de todas as pastorais. O Dízimo para ser verdadeiro deve ter alguns elementos que devem entrar em sintonia: pároco, agentes, setores, CEB’s, pastorais e outras instâncias da comunidade (cf. DA, 372).

5. Dízimo: experiência de realidades diversas. Cada paróquia tem sua organização embora todos queiram imitar uns aos outros. Alguns pensam: se ele faz assim eu também farei igual e acaba não dando certo. Esse é um principio desmotivador de pastoral. A construção de um Dízimo eficiente exige o respeito de caminhada da comunidade. Não é porque os demais fazem assim que eu vou fazer igual para dar certo. Tenho que aprender a fazer diferente e, assim, dará certo.

6. Dízimo diversificado. O principio do Dízimo é: “trazei o Dízimo...” Aqui aparecem as dificuldades e a tentativa de se facilitar a experiência de Deus. Aparecem os “salvadores” que fazem qualquer coisa para arrecadar o dinheiro que, certamente, não é Dízimo. Será uma colaboração (campanha) a mais. Muitos implantam o carnê e outras modalidades: banco, cartão de crédito, boleto, cobrança em domicílio etc. O carnê (e outras formas) além de não educar, não evangeliza; apenas arrecada dinheiro. Devemos entender que estamos falando da experiência de Deus ou da agência de cobrança? Isso deveria ficar claro. O dízimo não vem facilitar a vida das pessoas; ele vem dar mais trabalho e, conseqüentemente, compromisso. Ele se torna uma “pastoral missionária” (DA, 370); um compromisso e a “participação efetiva de todos Os fiéis na vida das comunidades cristãs” (DA, 368). Alerta também ao cuidado para que a captação de recursos não se torne “meios sem alma, máscaras de comunhão” (DA, 203 e NMI, 43).

7. Dízimo: experiência motivadora de uma vida nova. Se o Dízimo não faz a comunidade descobrir a experiência de Deus, ele não será Dízimo. Deve-se proibir essa expressão ou não enganar as pessoas dizendo que qualquer forma de contribuição e de valor é Dízimo.

Enfim, está na hora de se limpar as formas de contribuição e de arrecadação (captação) de recursos para a manutenção da igreja. Estamos vendo “escândalos”, paróquias inventando formas de se arrecadar dinheiro do povo, promoções que chocam a sã consciência eclesial, malabarismo de um marketing avesso ao Evangelho, paróquias pilhadas por falta de diálogo e de organização. Parece-me que chegamos a um tempo que todo esforço é valido desde que tenhamos um lucro certo. Voltemos para a Palavra de Deus: “Mas agora, toma coragem, Zorobabel, coragem, Josué... Coragem povo todo desta terra... ponde mãos à obra, pois eu estou convosco... Pertence-me a prata, pertence-me o ouro, diz o Senhor dos exércitos” (Ag 1,4.8).

“Trazei o dízimo... Façam essa experiência comigo” (Ml 3,10). Esse é o único caminho correto para se chegar ao Dízimo!

Paz e Benção

Diácono Claudino

site
http://www.santoafonsorj.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1252:qual-a-funcao-do-dizimo-na-comunidade&catid=64:dizimo&Itemid=66





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