IGREJA NO BRASIL
Mais de 70 mil pessoas participam de cerimônia de beatificação de Irmã Dulce, em Salvador
segunda-feira, 23 de maio de 2011 · 11:29
Milhares de pessoas celebram ontem (22), em Salvador (BA), a beatificação de irmã Dulce. A religiosa dedicou sua vida a ajudar os pobres e excluídos, passando a ser chamada de ‘Anjo Bom da Bahia’. A solidariedade aos carentes e o reconhecimento de um milagre levaram a freira a ser proclamada beata, o que a deixa mais próxima de se tornar santa.
A cerimônia, iniciada às 17 horas, no Parque de Exposições de Salvador, foi acompanhada por 77 mil pessoas e diversas autoridades, entre elas, a presidente da República Dilma Rousseff, o governador da Bahia, Jaques Wagner e o presidente do Senado, José Sarney. O rito foi conduzido pelo cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, representando o papa Bento XVI. Com a beatificação, a religiosa passou a ser chamada de ‘Bem-Aventurada Dulce dos Pobres’.
Como beata, um grande quadro com o retrato da religiosa foi mostrado ao público, que agitou lenços e cantou em homenagem à freira baiana, que morreu há 19 anos.
O processo de canonização começou em 2001. Em 2003, a Santa Sé emitiu validação jurídica do milagre atribuído à freira. Irmã Dulce intercedeu por uma mulher, no estado de Sergipe, que sofreu grave hemorragia após o parto, em 2001. Em 2009, o papa Bento XVI concedeu o título de venerável à freira baiana, reconhecimento de que viveu de forma heróica as virtudes da fé cristã, caridade e esperança. O feito foi investigado por peritos médicos e teólogos.

No ano passado, a Congregação para a Causa dos Santos certificou a autenticidade do milagre atribuído à irmã Dulce, última etapa para a beatificação. Em dezembro de 2010, o papa promulgou o decreto de beatificação. Após o decreto, deu-se início o processo para a santificação. Para ser considerada santa mais um milagre deve ser constatado.
Irmã Dulce - Filha do dentista Augusto Lopes Pontes e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, irmã Dulce, nasceu em 26 de maio de 1914, na capital baiana. Aos sete anos, a mãe morreu. Na adolescência, já dava sinais da vocação para ajudar os excluídos, acolhendo mendigos e doentes em sua casa.

Em 1933, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no município sergipano de São Cristovão. Aos 20 anos, foi ordenada freira e adotou o nome de irmã Dulce, em homenagem à mãe.
Em Salvador, prestava assistência à comunidade pobre de Alagados, ajudou na fundação de uma associação católica de operários e também de uma escola para filhos dos operários. No início da década de 50, a freira usava o galinheiro do convento para abrigar doentes – foi o começo da Associação Obras Sociais Irmã Dulce, criada oficialmente em 1959. Depois, fundou o Convento Santo Antônio.
Em 1988, foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz. Com a saúde extremamente debilitada, a religiosa morreu em 1992, com 77 anos de idade. Com o processo de canonização, os restos mortais foram levados para a Capela do Convento Santo Antônio. Depois de receber o título de venerável, foram transferidos para a Capela das Relíquias, ambos em Salvador.
Informações e foto: CNBB
2 comentários:
Foi emocionante. E muita gente graças à Deus participou. Uma santa realmente consegue atrair muitas pessoas e levá-las a orar e buscar a Deus. Parabéns Brasil e mundo.
Foi emocionante. E muita gente graças à Deus participou. Uma santa realmente consegue atrair muitas pessoas e levá-las a orar e buscar a Deus. Parabéns Brasil e mundo.
Postar um comentário