sábado, 30 de abril de 2011

Maio podemos dizer um mês feminino

 
Maio podemos dizer um mês feminino
Um Santo e abençoado mês de Maio para você

O mês de maio chega trazendo um clima de cordialidade e maternidade. Logo  no primeiro dia temos a beatificação do Papa João Paulo II .  As mães são homenageadas.
Nossa Senhora é coroada nas comunidades, 
As noivas dirigem-se ao Altar, me parece mesmo um mês feminino.
Também neste dia primeiro comemoramos São José Operário, 
e se conclui  dia 31 com a festa da Visitação de Nossa Senhora a sua prima Isabel.
Considerando que São José trabalhava em sua casa como carpinteiro, e assim estava sempre ao lado da família, dando assistência a sua esposa Maria e a seu filho adotivo Jesus, 
além de refletirmos sobre trabalho quando  falamos de São José, 
também podemos falar do trabalho doméstico ou da família que trabalha unida. 
Nossa Senhora mesmo estando grávida , viajou durante dias e dias para prestar  ajuda a sua prima Isabel que esperava uma criança.
O trabalho de José devia ser gratificante não apenas pelo rendimento econômico  que trazia, mas pela alegria de estar ao lado da família .
E a delicadeza de Maria, que dá mais atenção à gravidez da  sua prima do que a sua, Leva-nos à consideração  que não existe trabalho ou ocupação feliz sem uma verdadeira dedicação na caridade e no amor.




HORÁRIO DE BRASILIA ACOMPANHE A CELEBRAÇÃO

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PELA TV APARECIDA SERÁ A PARTIR DAS 4 DA MANHÃ TV OU INTERNET

Domingo, 01/05
- 05h00 (10h00 em Roma) - Missa beatificação *transmissão ao vivo 


- 10h30 (14h30 em Roma) - flash  TV CANÇÃO NOVA
- 13h00 (18h00 em Roma) - flash 
TV CANÇÃO NOVA
- 14h55 (19h55 em Roma) - flash  TV CANÇÃO NOVA
- 17h30 - Programa ao vivo - Melhores momentos e testemunhos

Segunda, 02/05
- 05h30 (10h30 em Roma) - Missa em ação de gracas *transmissão ao vivo
- 08h30 (13h30 em Roma) - flash 
TV CANÇÃO NOVA
- 10h15 (15h15 em Roma) - flash  TV CANÇÃO NOVA
- 13h53 (18h53 em Roma) - flash  TV CANÇÃO NOVA
- 19h30 - Telejornal com as informações sobre a beatificação TV CANÇÃO NOVA

5 DA MANHÃ HORARIO DE BRASILIA COMEÇA A BEATIFICAÇÃO DE JOÃO PAULO II

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 Foi divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé o programa de três dias da beatificação do papa João Paulo II, que será realizado no dia 1º de maio. O vigário do papa para a diocese de Roma, cardeal Agostino Vallini, detalhou o programa dos três dias de celebração que tem início no dia 30 de abril com uma Vigília de Oração no Circo Massimo.
A celebração foi dividida em duas partes, sendo que a primeira é dedicada à recordação das palavras e dos gestos de João Paulo II. Em seguida haverá uma procissão solene que entronizará a imagem de Maria acompanhada por representantes de todas as paróquias e capelanias diocesanas.De acordo com o comunicado da Sala de Imprensa, durante o ato alguns colaboradores de Karol Wojtyla, como o cardeal Stanislaw Dziwisz, que foi seu secretário particular, e Joaquín Navarro-Valls, ex-diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, farão um breve discurso. Também participará a irmã Marie Simon-Pierre, cuja milagrosa cura abriu o caminho para a beatificação. Ao final desta primeira parte se cantará o hino "Totus tuus", composto para o 50º aniversário da ordenação sacerdotal de João Paulo II.
A segunda parte do evento se centralizará na celebração dos Mistérios Luminosos do Santo Rosário introduzidos por João Paulo II. Depois do canto “Abram as portas a Cristo”, do novo bem-aventurado, o cardeal Vigário Agostino Vallini fará uma síntese da personalidade espiritual e pastoral do papa. Após esta intervenção, os participantes em conexão direta via satélite com cinco santuários marianos em todo o mundo, rezarão o terço.
Cada um dos Mistérios estará ligado a uma intenção de João Paulo II meditados nas vigílias simultâneas que serão celebradas em vários santuários ao redor do mundo.
No santuário de Lagniewniki, em Cracóvia (Polônia), a intenção será a juventude; no santuário Kawekamo-Bugando (Tanzânia), a família; no santuário de Nossa Senhora do Líbano - Harissa (Líbano), a evangelização; na basílica de Santa Maria de Guadalupe, Cidade do México, a esperança e a paz das nações e no Santuário de Fátima, a Igreja.
Na conclusão, Bento XVI, em conexão via satélite do Vaticano, rezará a oração final e concederá a bênção apostólica a todos os participantes.
No dia 1º de maio, domingo da Divina Misericórdia, o Papa Bento XVI presidirá a Santa Missa de Beatificação de João Paulo II, que será precedida por uma hora de preparação na qual se rezará o Terço da Divina Misericórdia, devoção introduzida por Santa Faustina Kowalska, e muito apreciada pelo então papa João Paulo II e terminará com uma invocação à misericórdia no mundo, com o canto “Jezu ufamTobie”, que quer dizer “Jesus confio em vós”. A missa será na Praça São Pedro às 10h (horário de Roma).
Seguirá a Santa Missa com os textos do domingo da Oitava de Páscoa. Depois da fórmula de beatificação, quando for descoberta a imagem do saudoso pontífice, será cantado em latim o Hino do Bem-aventurado.
Na segunda-feira, 2 de maio, o Secretário de Estado Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, presidirá às 10h a Missa de Ação de Graças pela Beatificação na Praça São Pedro.
Esta Eucaristia será a primeira celebrada em honra do novo bem-aventurado. Os textos serão os da Missa do Beato João Paulo II. A celebração será animada pelo Coro da diocese de Roma, com a participação do Coro de Varsóvia e da Orquestra Sinfônica de Wadowice (Polônia).
O Padre Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sede, explicou que na sexta-feira, 29 de abril, pela tarde, se transladará o caixão do beato Papa Inocêncio XI - que se encontra na Capela São Sebastião da basílica vaticano -, ao altar da Transfiguração, para deixar seu lugar ao corpo de João Paulo II.
Na mesma manhã, o caixão do Pontífice - que não será aberto - será transladado para diante do túmulo de São Pedro, nas grutas vaticanas. Na manhã do 1º de maio, será levado diante do altar da Confissão da basílica.
Terminada a cerimônia de beatificação, o papa Bento XVI e os cardeais concelebrantes se dirigirão ao altar da Confissão da basílica e rezarão uns instantes diante do corpo do novo bem-aventurado. Na parte da tarde do mesmo dia, as pessoas que o desejarem poderão venerar os restos de João Paulo II.

COMEÇA ÀS 5 DA MANHA DIA 01 DE MAIO ( HORÁRIO DE BRASILIA ) A CERIMÔNIA DE BEATIFICAÇÃO

Beatificação de João Paulo II segue por 3 dias de celebrações


Cidade do Vaticano, 28 abr (EFE).- Centenas de milhares de pessoas assistirão no dia 1º de maio no Vaticano à beatificação do papa polonês João Paulo II, cujos restos mortais serão expostos à veneração dos fiéis na Basílica de São Pedro.

No total, serão três dias de celebrações, com início no dia 30 abril com uma vigília no Circo Massimo de Roma, dividida em duas partes. A primeira, "Celebração da Memória", começará com uma procissão da imagem de Maria Salus Populi Romani, a patrona de Roma.

A programação será seguida pelo discurso do antigo secretário pessoal e atual cardeal da Cracóvia, Stanislaw Dziwisz; o antigo porta-voz de João Paulo II durante 22 anos, o espanhol Joaquín Navarro-Valls, e a freira francesa Marie Simon Pierre, cuja doença de Parkinson foi curada de maneira inexplicável para a ciência, abriu as portas à beatificação de Karol Wojtyla.

Os Coros da Diocese de Roma e a Orquestra do Conservatório de Santa Cecília cantarão na vigília, que seguirá com a segunda parte chamada "Celebração dos Mistérios Luminosos do Santo Rosário", que foram introduzidos por João Paulo II durante seu Pontificado.

O rosário será recitado em conexão direta com cinco santuários de todo o mundo: o de Nossa Senhora de Guadalupe, no México; Fátima em Portugal, Lagiewniki na Polônia, Kawekamo-Bugando na Tanzânia e Notre Dame do Líbano.

No final o papa Bento XVI, que voltará da residência de Castel Gandolfo, onde passou dias de repouso, dividirá a bênção apostólica do Vaticano.

Uma vez concluída, as pessoas poderão comparecer a oito igrejas centrais de Roma que estarão abertas durante toda a noite na chamada " Notte bianca di preghiera" (a noite branca das rezas).

Às 5h da manhã de 1º de maio será permitido o acesso à basílica de São Pedro do Vaticano, onde às 9h da manhã e durante uma hora os fiéis se prepararão para a cerimônia de beatificação, que começará às 10h do horário local (5h do horário de Brasília) presidida por Bento XVI ao lado de diversos cardeais.

No total, 800 sacerdotes repartirão a comunhão na Praça de São Pedro e a Via da Conciliação, onde serão instaladas 14 telas gigantes de televisão para que os milhares de fiéis possam assistir ao momento em que o papa eleva à glória dos altares seu antecessor, o primeiro papa polonês da história da Igreja.

Concluída a missa, o papa e os cardeais entrarão na Basílica de São Pedro para venerar João Paulo II.

A basílica permanecerá aberta enquanto houver fiéis e só se fechará na segunda-feira, dia 2, durante a Missa de Ação de Graças que celebrada na Praça de São Pedro pelo cardeal secretário de estado, Tarcisio Bertone.

Depois, todos os fiéis que queiram poderão se aproximar até o féretro para prestar homenagem ao papa que guiou à igreja durante quase 27 anos (1978-2005) e a introduziu no terceiro milênio.

Enquanto isso, milhares de garrafas de água e alimentos básicos serão distribuídos entre os fiéis, informou a diocese de Roma e as livrarias vão expor dezenas de livros escritos para a ocasião e discos, entre eles um CD com composições inéditas que acompanham preces, salmos e discursos de João Paulo II em seis idiomas, intitulado "Tu es Christus".

O álbum tem 13 faixas, nove com a voz do papa João Paulo II. Outros são interpretados pela tenor espanhol Plácido Domingo, o italiano Andrea Bocelli e o grupo irlandês The Priests.

Calendários, lenços com a imagem de João Paulo II, e todo tipo de souvenir dominaram as ruas da Cidade Eterna, onde também se projetaram filmes sobre o ex Pontífice, como "Peregrino vestido de branco", do polonês Jaroslaw Szmidt.

O filme foi projetado no Vaticano com a presença de Bento XVI, que no final disse que João Paulo II foi um grande contemplativo e um grande apóstolo de Cristo.

"Deus o escolheu e o conservou durante longos anos para introduzir à Igreja no terceiro milênio. Com seu exemplo nos guiou na peregrinação pelo mundo e agora nos acompanha docéu", disse o papa.

Brasileiros e estrangeiros chegam ao Vaticano para beatificação de João Paulo II

Brasileiros e estrangeiros chegam ao Vaticano para beatificação de João Paulo II

Comitiva brasileira é comandada pelo vice-presidente da República, Michel Temer


A cerimônia de beatificação do papa João Paulo II, que acontecerá no domingo, já atrai fiéis de várias partes do mundo. Já estão em Roma chefes de Estado e de Governo de 62 países. A comitiva brasileira, comandada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, chegou na sexta-feira à noite. Integram ainda a comissão o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco, e o embaixador do Brasil na Santa Sé, Luiz Felipe de Seixas Corrêa.



A comitiva religiosa do Brasil reúne o arcebispo de Belo Horizonte, dom Walmor de Azevedo, o ex-primaz do Brasil, dom Geraldo Magela, o arcebispo emérito de Belo Horizonte, cardeal Serafim Fernandes de Araújo, o arcebispo de Aparecida, cardeal Raymundo Damasceno, e o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer.

As informações são da Rádio Vaticano. Em entrevista à emissora, Temer disse que a presidenta Dilma Rousseff planejava participar da cerimônia de beatificação, mas foi impedida pelos compromissos. Para o vice-presidente, no futuro próximo João Paulo II será reconhecido santo pela Igreja Católica.

Temer lembrou de seu primeiro encontro com João Paulo II, no Rio de Janeiro em 1997, quando era presidente da Câmara dos Deputados. Para ele, a impressão mais forte causada pelo papa era de serenidade.

Depois de seis anos de sua morte, João Paulo II será beatificado após a Igreja Católica examinar a cura considerada inexplicável do mal de Parkinson da religiosa francesa Marie Simon-Pierre. Segundo a Congregação para a Causa dos Santos, a freira se curou depois de orações e pedidos dirigidos ao papa poucos meses após a morte do pontífice.
Especial reúne fotos de leitores com o Papa:

>> Veja fotos da passagem do Papa pela Capital:
Foto: Antônio Carlos Mafalda
AGÊNCIA BRASIL

O último dia de João Paulo II

ZP11043003 - 30-04-2011
Permalink: http://www.zenit.org/article-27831?l=portuguese

O último dia de João Paulo II


Testemunho da enfermeira que assistiu o Papa até sua morte

ROMA, sábado, 30 de abril de 2011 (ZENIT.org) - "Fui chamada no final da manhã. Corri, pois tinha medo de não chegar a tempo. No entanto, ele me esperava. 'Bom dia, Santidade, hoje faz sol', disse-lhe em seguida, porque era a notícia que o alegrava no hospital."
Esta é a lembrança de Ritia Megliorin, ex-enfermeira chefe do serviço de reanimação na Policlínica Gemelli, na manhã de 2 de abril, quando foi chamada ao apartamento pontifício, à cabeceira de João Paulo II, o Papa agonizante.
"Não achei que ele fosse me reconhecer. Ele me olhou. Não com esse olhar inquisitivo que usava para entender imediatamente como estava sua saúde. Era um olhar doce, que me comoveu", acrescenta a mulher.
"Senti a necessidade de apoiar a cabeça em suas mãos; permiti-me o luxo de receber seu último carinho, com suas mãos pousando sobre o meu rosto, enquanto ele olhava fixamente para o quadro do Cristo sofredor que estava pendurado na parede na frente da sua cama."
Enquanto isso, ouvindo da Praça, os cantos, orações, as aclamações dos jovens, que se tornavam cada vez mais fortes, a mulher perguntou ao cardeal Dziwisz se estas vozes não estariam incomodando o Papa. "Mas ele, levando-me até a janela, disse-me: 'Rita, estes são os filhos que vieram se despedir do seu pai'."
Eles se conheceram em janeiro de 2005, quando as condições de saúde de Wojtyla tinham se agravado. Megliorin explica que, naqueles dias de começo de ano, chegando ao hospital para começar o trabalho e sem saber que o Papa tinha sido internado, foi-lhe dito que se apressasse, que fosse até o 10° andar, porque lá estava "um hóspede especial".
"Imaginem - diz a mulher - um lugar onde não existe o espaço e onde não existe o tempo, e imaginem somente muita luz." Foi esta luz que acompanhou os dias do Pontífice.
"Naqueles meses, toda manhã, eu entrava no seu quarto e o encontrava já acordado, porque ele rezava desde as 3h. Eu abria as persianas e, dirigindo-me a ele, dizia: 'Bom dia, Santidade, hoje faz sol'. Aproximava-me e ele me abençoava. Eu me ajoelhava e ele acariciava o meu rosto."
Este era o ritual que dava início aos dias de Wojtyla. "No demais, eu era uma enfermeira inflexível e ele era enfermo inflexível. Queria estar a par de tudo, da doença, da sua gravidade. Quando não entendia, olhava para mim como pedindo que lhe explicasse melhor."
"Ele nunca deixou de estudar os problemas do homem. Lembro-me dos livros de genética, por exemplo, que ele consultava e estudava com atenção, inclusive naquelas condições." Isso refletia o seu não querer se render, esse querer viver a graça da vida recebida: "Cada dia, dizíamos um ao outro que 'todo problema tem solução'".
E o Papa dizia isso também e sobretudo às pessoas com quem se encontrava, por quem sentia um amor de pai. "E como todo pai, sentia uma predileção pelos mais fracos. Por exemplo, na Jornada Mundial da Juventude de Tor Vergata, em Roma, ele cumprimentou os jovens que estavam no fundo, pensando que provavelmente não tinham conseguido vê-lo direito. Também no hospital, ele se dedicava aos mais humildes e não tanto aos grandes professores; perguntava-lhes por suas famílias, se tinham crianças em casa."
Recordando, no entanto, as últimas internações, a enfermeira acrescentou: "O Papa viveu os momentos talvez mais difíceis na Policlínica", mas "assistir os doentes é um dom, pelo menos para quem acredita em Deus. E contudo, também para quem não tem fé, é uma experiência única".
Para quem compreende plenamente o sentido do que Megliorin entende, tornam-se estridentes as perguntas de tantos jornalistas, reunidos na Universidade Pontifícia da Santa Cruz para escutar, em um encontro com a mídia, o testemunho da enfermeira.
Alguns se perguntam se um filme sobre a vida de Wojtyla corresponde à verdade, sobretudo o fragmento no qual o filme conta que o Papa teve espasmos no momento da sua morte. Perguntas extravagantes, às vezes inoportunas, se não fossem de gosto duvidoso. De fato, a enfermeira pergunta quantas pessoas da sala assistiram à perda de um progenitor nos próprios braços: "Não posso responder - explica a contragosto. Quem não viveu isso não pode entender".
Então, "a morte foi um alívio?", insiste outro. "A morte nunca é um alívio - replica a mulher. Como enfermeira, posso dizer somente que existe um limite no tratamento, para além do qual esta se converte em um tratamento médico agressivo." A curiosidade por saber se Wojtyla se engasgava ou não, se tinha força para comer, beber ou respirar, tudo isso é uma violação da intimidade de um corpo, da sacralidade de uma vida. Seu pensamento volta às palavras de Wojtyla que, no entanto, "restituiu a dignidade ao enfermo", recorda Megliorin.
Na carta apostólica 'Salvifici doloris', de 1984, João Paulo II escreve que a dor "é um tema universal que acompanha o homem em todos os graus da longitude e latitude geográfica, ou seja, que coexiste com ele no mundo". Também escreve que "o sofrimento parece pertencer à transcendência do homem: é um desses pontos nos quais o homem parece, de certa forma, 'destinado' a superar a si mesmo e chega a isso de maneira misteriosa".
João Paulo II, "no último momento da sua vida terrena - conclui Rita Megliorin -, resgatou a sua cruz, encarregando-se não somente da sua, mas também das de todos os que sofrem. Fez isso com a alegria que nasce da esperança de acreditar em um amanhã melhor. Acho, inclusive, que ele tinha a esperança de um hoje melhor".
(Por Mariaelena Finessi)

Site em homenagem à beatificação de João Paulo II

Site em homenagem à beatificação de João Paulo II


Uma iniciativa da Santa Sé

ROMA, sexta-feira, 29 de abril de 2011 (ZENIT.org) - Por ocasião da beatificação de João Paulo II, o Vaticano faz uma homenagem realizando uma página web (www.joaopauloii.va) que acompanhará a jornada de 1º de maio percorrendo a vida do Papa através de alguns momentos mais significativos da sua história e do seu pontificado.
O site foi realizado privilegiando a força e a espontaneidade das imagens. No site estão presentes 500 fotos, 30 vídeos e 400 frases em seis idiomas, num total de 2.400 frases.
Em recordações do pontificado, as imagens estão divididas em temas (por exemplo crianças, jovens, eleição, atentado, jubileu etc.). Cada tema é apresentado na forma de um ‘livro’ de imagens a ser folheado, e cada imagem é acompanhada por uma frase de João Paulo II.
A seção dedicada ao pontificado ano por ano é composta exclusivamente por vídeos. Também, uma das seções do site é dedicada exclusivamente às orações do Papa Wojtyla.
Todo o evento da beatificação poderá ser acompanhado ao vivo graças ao streaming colocado à disposição no próprio site.
O site foi projetado para todos os tipos de tecnologia: PC, Laptop, dispositivos móveis, smarphone, iPhone, iPad etc. Os fiéis e peregrinos poderão ter acesso à página em qualquer lugar que se encontrem e com qualquer um dos dispositivos, para acompanhar a peregrinação, durante todas as jornadas da beatificação, seguindo os eventos através das imagens e das palavras do Beato João Paulo II e portanto rezando com ele.
Além do Serviço Internet do Vaticano e da Direção das Telecomunicações, este projeto contou com a participação de outras Instituições do Vaticano: o Serviço Fotográfico do L’Osservatore Romano, que colocou à disposição o arquivo fotográfico (para o Papa João Paulo II existem milhões de fotos), a Rádio Vaticano e o Centro Televisivo Vaticano para os vídeos presentes, a Libreria Editrice Vaticana pelo livro Tríptico Romano que forma uma seção do site, a Sala de Imprensa e o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, a Opera Romana Pellegrinaggi e a Congregação para a Evangelização dos Povos.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Aberto túmulo de João Paulo II

Aberto túmulo de João Paulo II


Corpo do papa polonês será trasladado à Basílica vaticana no domingo

Por Chiara Santomiero
ROMA, sexta-feira, 29 de abril de 2011 (ZENIT.org) - No início da manhã desta sexta-feira, diante de 12 pessoas, na cripta vaticana, o túmulo de João Paulo II foi aberto e retirado o caixão que abriga seu corpo.
A terceira, das três caixas que protegem o corpo do pontífice, surgiu aos olhos dos presentes. É de madeira clara. Ficou na memória de muitos através das imagens do funeral, com o Evangelho apoiado em cima, com as páginas ao vento.
O padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, explicou hoje, em uma concorrida coletiva de imprensa no Vaticano, que no caixão há uma inscrição em latim afirmando que se trata do corpo de João Paulo II, de 84 anos, 10 meses e 15 dias, cabeça da Igreja universal durante 26 anos, 5 meses e 17 dias; e a data: ‘Anno Domini 2005’.
Na abertura do túmulo, entre outros representantes eclesiais, estavam o cardeal Angelo Comastri, e os monsenhores Giuseppe D’Andrea e Vittorio Lanzani, pela Basílica e o Capítulo de São Pedro. Junto a eles, os cardeais Tarcisio Bertone – secretário de Estado –, Giovanni Lajolo – presidente do Governo do Estado da Cidade do Vaticano –, Stanislao Dziwisz – arcebispo de Cracóvia e ex-secretário pessoal de João Paulo II –.
O cardeal Comastri entoou o canto das ladainhas da Virgem, enquanto durante um breve percurso o caixão, coberto com um lençol branco, foi acompanhado pelos presentes até o túmulo de São Pedro, ainda na cripta vaticana.
O caixão permanecerá na cripta até a manhã de domingo, quando será levado à Basílica de São Pedro, ante o altar central. Ali Bento XVI e, em seguida, os fiéis poderão prestar homenagem ao falecido pontífice.
O cardeal Bertone recitou na manhã de hoje uma breve oração que concluiu a operação de abertura do túmulo de João Paulo II. A grande lápide sepulcral que fechava até agora o túmulo será enviada à Cracóvia, para uma igreja dedicada ao beato.
A colocação definitiva do corpo de João Paulo II sob o altar da capela de São Sebastião, dentro da Basílica de São Pedro, acontecerá no final da tarde de 2 de maio, após o fechamento da Basílica.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

DECLARAR E ACLAMAR UM SANTO

DECLARAR E ACLAMAR UM SANTO





A notícia de que Bento XVI declarará beato seu antecessor João Paulo II merece reflexão. É uma prática do catolicismo e um direito do Papa. A quase totalidade dos católicos lhe dá este direito. Aceitamos sua liderança. Pode ser que, aos olhos de muitos católicos, João Paulo II devesse esperar, mas milhões acham sua vida, seu testemunho e seus sofrimentos suficientes para que o incluam entre os exemplos a serem seguidos. Ele amou e testemunhou Jesus e viveu heroicamente a sua fé. Não há santos perfeitos neste mundo, mas ele e outros candidatos como Irmã Dulce viveram a fé com maior perfeição do que a nossa. Declaremos e proclamemos. Jesus fez e continua fazendo novos santos.



Os católicos privadamente proclamam alguém santo, ou santa quando percebem valores cristãos elevados nesta pessoa. Oficialmente, porém, alguém é declarado santo ou santa quando sua vida foi toda voltada para Deus e para o próximo. Como se trata de assunto estritamente católico, uma vez que outras igrejas também proclamam a santidade ou vida santa de seus fundadores e fiéis mais ilustres, mas os cultuam de outra forma, vale a pena entender o porquê destas beatificações ou canonizações.



No fundo tudo pode ser resumido nas frases: Deus é glorificado nos seus santos. Foi herói ou heroína da caridade. Deu a vida pelos outros e viveu pelo reino de Deus.



Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus. (Mt 5, 48)



Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; (I Pd 1, 15)



Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o SENHOR vosso Deus. (Lev 20, 7)



Santos serão a seu Deus, e não profanarão o nome do seu Deus, porque oferecem as ofertas queimadas do SENHOR, e o pão do seu Deus; portanto serão santos. (Lev 21, 6)



Para confirmar os vossos corações, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso SENHOR Jesus Cristo com todos os seus santos. (I Ts 3, 13)



De certa forma o primeiro santo canonizado foi João Batista a quem Jesus declarou santo. Segundo está nos evangelhos, o próprio Jesus deu o critério para o que a Igreja passou a fazer: Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a própria vida pelo bem dos outros (Jo 15,13).



Mas nem todos os declarados e aclamados foram imediatamente aceitos pela Igreja. Em alguns casos levou tempo. Houve casos que esperaram 400 anos até serem proclamados e declarados santos, isto é: cristãos sancionados, provados e selados como sinais do Reino. Sanctus, santo, vem de sancire, sancionar. Deus e a Igreja assinariam em baixo desta vida!



Houve casos quase imediatos. Muitos mártires e Francisco de Assis, por exemplo, em menos de um ano foram canonizados. Entraram no cânone dos bem-aventurados que a Igreja aposta que estão salvos e no céu. Ultimamente, José Escrivá, o Fundador da Opus Dei, levou 27 anos. Dom Romero já leva mais de 40 anos em processo e, no entanto, ele morreu pela libertação do seu povo que morria sob uma cruel ditadura.



Tereza de Calcutá levou menos de dez, João XXIII menos de 50, João Paulo II menos de 7, Irmã Dulce menos de 15 anos após a morte. Em alguns casos, a Igreja ouviu a aclamação dos fiéis ou de um grupo de fiéis; em outros, não ouviu e até chegou a tirar da lista de proclamáveis e declaráveis algum candidato sobre quem se lançaram dúvidas pelo que teriam dito e escrito.



É critério da Igreja e não cabe a nenhum grupo querer impor o seu candidato ao reconhecimento de toda a Igreja. E daí? Seu candidato não foi declarado, o que não significa que não tenha levado vida santa. A Igreja não se opõe ao fato de seus fiéis admirarem algum católico que viveu vida heróica. Poderemos pedir a prece de nossos pais e de nossos irmãos de vida santa, desde que não o façamos contra a proposta da Igreja.



Dizer que alguém não será proclamado beato não é o mesmo que dizer que ele não se salvou, que não está no céu ou que sua vida não foi santa. Significa apenas que a Igreja não o proclamará modelo em tudo. Muitos dos santos que admiramos nem sempre escreveram ou disseram coisas hoje aceitas pelos católicos. Estão aí os livros para provar que a Igreja não concorda com eles em tudo. A Igreja mudou muitos conceitos e muitas de suas práticas e hoje, quem dissesse o que eles disseram ou fizesse o que eles fizeram não seria aprovado como modelo de ética cristã. Mas foram vistos como pessoas totalmente dedicadas ao Reino.



Como não há santo sem escorregão e nenhum santo é perfeito e sábio em tudo, a Igreja tem o direito de decidir quem deve ser venerado oficialmente e quem deve esperar. Haverá sempre algum questionamento, mas há que se respeitar a voz do povo e a voz da liderança. Somos produtos de um tempo e os santos viveram outras épocas e outras situações de conflito.



Os irmãos de outras igrejas que cultivem seus heróis do seu jeito. Respeitamos. Mas não nos acusem de adorar os santos! Esta calúnia não admitiremos. Só adoramos a Deus, mas nunca deixaremos de proclamar que ele é bendito pelos santos que nos deu. É bíblico, é teológico e nobre. Gratidão também é sinal de santidade!



Pe. Zezinho, SCJ

Como foi o processo de beatificação de João Paulo II

"" O MILAGRE DE UM ABRAÇO ""


Permalink: http://www.zenit.org/article-27007?l=portuguese

Como foi o processo de beatificação de João Paulo II


Os passos que permitiram o anúncio

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 17 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) – A causa de beatificação de João Paulo II começou mais cedo que de costume, mas o seu processo seguiu os passos normais previstos para qualquer causa, confirmou a Santa Sé nessa sexta-feira.
Uma nota informativa da Congregação para as Causas dos Santos explica quais foram os passos que permitirão elevar Karol Wojtyla aos altares no próximo 1º de maio, domingo da Divina Misericórdia.
O anúncio foi feito depois que Bento XVI autorizou a promulgação do decreto sobre o milagre atribuído à intercessão do venerável servo de Deus. Este ato encerra a etapa precedente ao rito de beatificação.
O dicastério vaticano esclarece que "a causa, por dispensa pontifícia, começou antes de passarem cinco anos da morte do servo de Deus, como é exigido pela normativa vigente".
"Esta medida foi solicitada pela imponente fama de santidade que João Paulo II teve em vida, na morte e depois da morte. No mais, todas as disposições canônicas comuns das causas de beatificação e canonização foram observadas integralmente".
"De junho de 2005 a abril de 2007, foi realizada a investigação diocesana principal romana e as rogatoriais em várias dioceses, sobre a vida, as virtudes, a fama de santidade e os milagres".
"A validade jurídica dos processos canônicos foi reconhecida pela Congregação para as Causas dos Santos com o Decreto de 4 de maio de 2007".
"Em junho de 2009, examinada a Positio, nove consultores teólogos da Congregação deram parecer positivo ao heroísmo das virtudes do servo de Deus. Em novembro, seguindo o procedimento habitual, a mesma Positio foi submetida ao juízo dos cardeais e bispos da Congregação para as Causas dos Santos, cuja sentença foi afirmativa".
"Em 19 de dezembro de 2009, o Sumo Pontífice Bento XVI autorizou a promulgação do decreto sobre a heroicidade das virtudes".
"Em vista da beatificação do venerável servo de Deus, a postulação da causa apresentou para exame da Congregação para as Causas dos Santos a cura do "mal de Parkinson" da irmã Marie Simon Pierre, religiosa das Irmãzinhas das Maternidades Católicas (Cf. ZENIT, O milagre que permitirá a beatificação de João Paulo II).
É o caso da irmã Marie Simon Pierre (cujo nome de batismo é Marie-Pierre), da Congregação das Irmãzinhas das Maternidades Católicas, nascida em 1961, em Rumilly-en-Cambrésis.
De acordo com o cardeal Amato, "a doença foi diagnosticada em 2001, pelo médico que a atendia e por outros especialistas. A religiosa recebeu os cuidados paliativos que, obviamente, mais que curá-la, apenas atenuavam parcialmente as dores".
"Com a notícia do falecimento do Papa Karol Wojtyla, que sofria da mesma doença, a Irmã Marie e as religiosas da congregação começaram a invocar o Pontífice para pedir a cura", acrescentou o cardeal Amato.
"Em 2 de junho de 2005, cansada e oprimida pelas dores, a religiosa manifestou à superiora sua intenção de renunciar ao trabalho profissional" em uma maternidade de Paris.
"No entanto, a superiora a convidou a confiar na intercessão de João Paulo II. Ao retirar-se, a freira passou uma noite tranquila. Quando acordou, no dia seguinte, sentiu-se curada. As dores desapareceram e ela deixou de sentir a rigidez nas articulações."
"Era 3 de junho de 2005, festa do Sagrado Coração de Jesus - recorda o purpurado salesiano. Ela interrompeu imediatamente o tratamento e procurou o médico que a atendia, quem não teve outra possibilidade a não ser constatar a cura."
Ainda que Bento XVI tenha concedido a licença para não esperar os cinco anos exigidos para começar a causa de beatificação de João Paulo II, o processo foi submetido a todas as exigências requeridas para qualquer outro caso.
O cardeal Amato esclarece que, "para honrar dignamente a memória deste grande Pontífice, a causa foi submetida a um escrutínio particularmente detalhado, para evitar qualquer dúvida e superar qualquer dificuldade".
A investigação diocesana sobre a cura inexplicável da irmã Marie Simon Pierre foi realizada em 2007, pela arquidiocese de Aix-en-Provence, onde se encontra a maternidade na qual a religiosa exercia então o seu trabalho.
O postulador da causa de beatificação de Karol Wojtyla, o sacerdote polonês Slawomir Oder, explicou que o caso da irmã Marie Simon Pierre foi escolhido, entre muitos outros recebidos, por dois motivos: foi curada da doença sofrida pelo próprio Papa e, após sua recuperação, foi capaz de continuar entregando sua vida, nas maternidades, à "batalha pela dignidade da vida", também enfrentada pelo Pontífice com seu magistério e ministério.
"Como de praxe, as numerosas atas da investigação canônica, regularmente instruída, junto com os detalhados exames médico-legais, foram submetidos ao exame científico da Consulta Médica da Congregação para as Causas dos Santos, em 21 de outubro de 2010. Os peritos, depois de estudarem com a habitual minúcia os testemunhos processuais e toda a documentação, concluíram que a cura era cientificamente inexplicável".
"Os consultores teólogos, depois de revisadas as conclusões médicas, iniciaram em 14 de dezembro de 2010 a ponderação teológica do caso. Reconheceram por unanimidade a unicidade, a antecedência e a invocação coral dirigida ao Servo de Deus João Paulo II, cuja intercessão tinha sido eficaz para a cura milagrosa".
"Por último, em 11 de janeiro de 2011, ocorreu a sessão ordinária de cardeais e bispos da Congregação para as Causas dos Santos, que emitiu um parecer unânime e afirmativo, considerando milagrosa a cura da irmã Marie Simon Pierre, como realizada por Deus de modo cientificamente inexplicável, depois de rogada a intercessão do Papa João Paulo II, invocado com confiança tanto pela pessoa curada como por muitos outros fiéis".

Uma Senhora ficou curada de câncer ao abraçar o Papa João Paulo II. Os médicos achavam que ela não chegaria  à festa da Páscoa. Fora dispensada do hospital para morrer em paz. Estava pesando apenas 40 quilos. Ver o Papa era seu último desejo, quando o Papa chegou perto de mim, pude apenas dizer duas palavras, estendendo-lhes os braços. Ele entendeu meu gesto, e  abraçou-me.
As células cancerosas desapareceram. Poucos dias depois a mulher já tinha recuperado o seu peso anterior de 60 quilos, e voltava a viver normalmente.
O Milagre de um abraço ! Momento de êxtase, momento de Deus. Momento de Graça, de reconciliação com a vida. A Misericórdia de Deus vai muito além do que podemos imaginar.
O Senhor insiste para que também sejamos Misericordiosos. Neste gesto de abraçar nossos irmãos e irmãs, demostraremos nossa disposição  de amar, perdoar e pedir perdão.
Façamos esta oração Mariana :
Senhora da Conceição Aparecida
Vós que despertais nosso coração filial,
incentivais a fraternidade entre nós. 
Mãe, que implorais para a Igreja o Espírito vivificador, 
ponto de união entre o céu e a terra, 
vós quem fiel e forte junto à cruz, 
vos abristes a uma acolhida materna e universal,
velai pelas nossa famílias,
por nossas casas, por nossas atividades, 
por nossas cidades, e fazei delas lugares de amor e respeito, 
sem violência, onde a prática da justiça 
seja o alimento de cada dia. Amém
Nossa Senhora Aparecida Sede nossa Segurança

Rogai por nós. Amém

Papa: Deus sai ao encontro da inquietude do nosso coração

Papa: Deus sai ao encontro da inquietude do nosso coração


Pontífice pede que Ocidente não deixe de ser “Povo de Deus”

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 21 de abril de 2011 (ZENIT.org) - Bento XVI afirmou hoje, durante a homilia da Missa Crismal, celebrada na Basílica de São Pedro, que os cristãos, “Povo de Deus”, correm o risco, sobretudo no Ocidente, de deixar de ser povo, por ter se afastado de Deus.
O pontífice dedicou a homilia a falar do significado dos Santos Óleos, que são abençoados neste dia na Igreja, e especialmente do Crisma, o mais nobre, utilizado na Confirmação e na Ordenação Sacerdotal.
Esta “unção sacerdotal” converte os cristãos em “santuário de Deus no mundo”, explicou. Mas questionou em seguida se esta missão está se realizando hoje, ou se, pelo contrário, em lugar de “abrimos aos homens o acesso a Deus”, “escondemo-lo?”
“Porventura nós, povo de Deus, não nos tornamos em grande parte um povo marcado pela incredulidade e pelo afastamento de Deus? Porventura não é verdade que o Ocidente, os países centrais do cristianismo se mostram cansados da sua fé e, enfastiados da sua própria história e cultura, já não querem conhecer a fé em Jesus Cristo?”
O Papa convidou todos os fiéis a “bradar a Deus: Não permitais que nos tornemos um ‘não povo’! Fazei que Vos reconheçamos de novo!”
Nesse sentido, afirmou a importância da beatificação de João Paulo II, “grande testemunha de Deus e de Jesus Cristo no nosso tempo, como homem cheio do Espírito Santo”.
“Apesar de toda a vergonha pelos nossos erros, não devemos esquecer que hoje existem também exemplos luminosos de fé; pessoas que, pela sua fé e o seu amor, dão esperança ao mundo.”
Buscar Deus
Falando do sentido do Óleo dos catecúmenos, que se impõe às pessoas que vão receber o Batismo, Bento XVI explicou que este sinal diz que “não só os homens procuram a Deus, mas o próprio Deus anda à nossa procura”.
“O fato de Ele mesmo Se ter feito homem descendo até aos abismos da existência humana, até à noite da morte, mostra-nos quanto Deus ama o homem, sua criatura. Movido pelo amor, Deus caminhou ao nosso encontro.”
Deus – afirmou o Papa – “sai ao encontro da inquietude do nosso coração, da inquietude que nos faz questionar e procurar, com a inquietude do seu próprio coração, que O induz a realizar o ato extremo por nós”.
“A inquietude por Deus, o caminhar para Ele, para melhor O conhecer e amar não deve apagar-se em nós. Neste sentido, nunca devemos deixar de ser catecúmenos”, disse.
Curar o homem
Sobre o significado do Óleo da Unção dos Enfermos, o Papa afirmou que “a primeira e fundamental cura tem lugar no encontro com Cristo, que nos reconcilia com Deus e sara o nosso coração despedaçado”.
“Mas, além deste dever central, faz parte da missão essencial da Igreja também a cura concreta da doença e do sofrimento. O óleo para a Unção dos Enfermos é expressão sacramental visível desta missão.”
O Papa agradeceu “a todos aqueles que, em virtude da fé e do amor, se põem ao lado dos doentes, dando assim, no fim das contas, testemunho da bondade própria de Deus”.
“O óleo para a Unção dos Enfermos é sinal deste óleo da bondade do coração, que estas pessoas – juntamente com a sua competência profissional – proporcionam aos doentes. Sem falar de Cristo, manifestam-n’O.”

EIS UMA BOA LEITURA O PAPA BENTO RESPONDENDO ÀS PERGUNTAS

Impossível alguém melhor para responder às dúvidas dos católicos.


PAPA RESPONDE PERGUNTAS EM PROGRAMA DE TELEVISÃO



Quem não gostaria de conversar alguns minutos com o Papa e expressar-lhe as inquietudes do seu coração? Hoje, algumas pessoas – selecionadas entre mais de duas mil – tiveram esta oportunidade e fizeram várias perguntas a Bento XVI.



A emissora de televisão italiana ‘RaiUno’ convidou o Santo Padre para participar de um de seus programas, “A sua immagine” (“À sua imagem”), respondendo a perguntas dos telespectadores. O programa foi ao ar na Sexta-Feira Santa e os principais temas abordados foram o sofrimento, a perseguição dos cristãos, a paz e a paixão, morte e ressurreição de Jesus.



A primeira pergunta foi feita por uma menina japonesa de 7 anos que, diante do terror vivido em seu país devido aos terremotos, disse ao Papa: “Tenho muito medo, porque a casa na qual eu me sentia segura tremeu muito e porque muitas crianças da minha idade morreram. (...) Por que tenho de passar por tanto medo? Por que as crianças têm de sofrer tanta tristeza?”.



Bento XVI reconheceu que “não temos uma resposta, mas sabemos que Jesus sofreu como vocês, inocentes”, e recomendou: “Neste momento, parece-me importante que saibam que ‘Deus me ama’, ainda que pareça que Ele não me conhece”.



Recordando também a solidariedade e a ajuda oferecida por pessoas do mundo inteiro, o Santo Padre lembrou que “um dia, eu compreenderei que este sofrimento não era uma coisa vazia, não era inútil, mas que, por trás do sofrimento, há um projeto bom, um projeto de amor. Não é por acaso”.



A segunda pergunta foi feita por uma mulher italiana cujo filho está em estado vegetativo há um ano: “Santidade, a alma do meu filho abandonou seu corpo - visto que ele está totalmente inconsciente - ou ainda está nele?”. O Papa respondeu que a alma ainda está presente no corpo e fez uma comparação: “A situação é semelhante à de um violão que tem as cordas quebradas e que não pode ser tocado: assim também o instrumento do corpo é frágil, vulnerável, e a alma não pode tocar, por assim dizer, mas continua presente”.



“Sua presença, queridos pais, é um testemunho de fé em Deus, de fé no homem, de compromisso a favor da vida, de respeito pela vida humana, inclusive nas situações mais trágicas”, recordou.



Um grupo de jovens de Bagdá se dirigiu a Bento XVI para falar sobre a perseguição dos cristãos no Iraque: “De que maneira podemos ajudar nossa comunidade cristã, para que reconsidere o desejo de emigrar a outros países, convencendo-a de que ir embora não é a única solução?”. Renovando seu apoio aos cristãos e muçulmanos do país, o Santo Padre afirmou que o verdadeiro problema é que “a sociedade está profundamente dividida, lacerada” e que é preciso “reconstruir esta consciência de que, na diversidade, todos têm uma história comum, uma comum determinação”.



Também uma mulher muçulmana, da Costa do Marfim, falou da situação política do seu país, que está causando divisão entre cristãos e muçulmanos, e perguntou: “O senhor, como embaixador de Jesus, o que aconselharia ao nosso país?”. O Papa recordou a importância de orar pela população e mencionou ações concretas da Santa Sé: “Pedi ao cardeal Tuckson, que é presidente do nosso Conselho Justiça e Paz, que vá à Costa do Marfim e tente mediar, falar com os diversos grupos, com diferentes pessoas, para facilitar um novo começo”. E lembrou da necessidade de ouvir a voz de Jesus, “em quem vocês também acreditam como profeta. Ele era sempre o homem da paz”.



“O único caminho é a renúncia à violência, recomeçar o diálogo, as tentativas de encontrar juntos a paz, uma nova atenção de uns aos outros, a nova disponibilidade a abrir-se uns aos outros. E esta, querida senhora, é a verdadeira mensagem de Jesus: busquem a paz com os meios da paz e abandonem a violência”, afirmou.



A seguinte pergunta veio da Itália: “O que Jesus fez no lapso de tempo entre a morte e a ressurreição? E, já que no Credo se diz que Jesus, depois da morte, desceu ao inferno, podemos pensar que isso é algo que acontecerá conosco também, depois da morte, antes de ascender ao céu?”.



O Papa Ratzinger explicou que “este descenso da alma de Jesus não deve ser imaginado como uma viagem geográfica, local, de um continente a outro. É uma viagem da alma. É preciso levar em consideração que a alma de Jesus sempre toca o Pai, está sempre em contato com o Pai, mas, ao mesmo tempo, esta alma humana se estende até os últimos confins do ser humano. Neste sentido, desce às profundezas, vai até os perdidos, dirige-se a todos aqueles que não alcançaram a meta das suas vidas”.


“Esta palavra da descida do Senhor aos infernos significa, sobretudo, que Jesus alcança também o passado; que a eficácia da redenção não começa no ano zero ou no ano trinta, mas que chega ao passado, abrange o passado, todas as pessoas de todos os tempos”, acrescentou.


Com relação ao destino da alma humana, afirmou que “nossa vida é diferente: o Senhor já nos redimiu e nos apresentaremos ao Juiz, depois da nossa morte, sob o olhar de Jesus, e este olhar em parte será purificador; acho que todos nós, em maior ou medida, precisaremos ser purificados”.


Outra pergunta, vinda da Itália, também tratou do tema da ressurreição de Jesus: “O fato que de seu corpo ressuscitado não tenha as mesmas características de antes, o que significa? O que significa, exatamente, ‘corpo glorioso’? E a ressurreição, será assim também para nós?”.


“Naturalmente – disse Bento XVI –, não podemos definir o corpo glorioso, porque esta além da nossa experiência. Só podemos interpretar alguns dos sinais que Jesus nos deu para entender, ao menos um pouco, para onde esta realidade aponta.” Entre esses sinais, o Pontífice mencionou o sepulcro vazio, que indica que Jesus não abandonou seu corpo à corrupção: “Jesus assumiu também a matéria, razão pela qual a matéria também está destinada à eternidade”. Acrescentou que Cristo “assumiu esta matéria em uma nova forma de vida: Jesus não morre mais, ou seja, está muito além das leis da biologia, da física, porque os submetidos a elas morrem. (...) É uma vida nova, que já não está sujeita à morte, e essa é a nossa grande promessa”.


O Papa recordou que, na Eucaristia, Cristo nos dá seu corpo glorioso: “Assim, já estamos em contato com esta nova vida, este novo tipo de vida, já que Ele entrou em mim, e eu saí de mim e me estendo até uma nova dimensão da vida. Acho que este aspecto da promessa, da realidade de que Ele se entrega a mim e me faz sair de mim mesmo e me eleva, é a questão mais importante: não se trata de decifrar coisas que não podemos entender, mas de encaminhar-nos rumo à novidade que começa, sempre, de novo, na Eucaristia”.


A última pergunta foi sobre as palavras dirigidas por Jesus a Maria e a João aos pés da cruz: “Eis aqui o teu filho”, “Eis aqui a tua mãe” - que Bento XVI definiu, em seu último livro, como “uma disposição final de Jesus”. “Como devemos entender estas palavras? Que significado tinham naquele momento e que significado têm hoje em dia?”


O Santo Padre respondeu que “estas palavras de Jesus são, antes de mais nada, um ato muito humano. Vemos Jesus como um homem verdadeiro que leva a cabo um gesto de verdadeiro homem: um ato de amor por sua mãe, confiando-a ao jovem João, para que estivesse segura”. Por outro lado, explica que, “certamente, este gesto tem várias dimensões, não diz respeito apenas a esse momento: concerne a toda a história. Em João, Jesus confia todos nós, toda a Igreja, todos os futuros discípulos, à sua Mãe, e sua Mãe a nós”.


Além disso, acrescentou, “a Mãe é também expressão da Igreja. Não podemos ser cristãos sozinhos, com um cristianismo construído segundo as minhas ideias. A Mãe é imagem da Igreja, da Mãe Igreja e, confiando-nos a Maria, também temos de confiar-nos à Igreja, viver a Igreja, ser Igreja com Maria”.


O programa “A sua imagem” durou cerca de uma hora e meia e Bento XVI acompanhou sua emissão da sua biblioteca, no Palácio Apostólico vaticano.





Aline Banchieri